Este blog chegou ao fim da sua vida !!!


Mas vai renascer com todos estes e muito mais posts em http://www.gemeo-singular.blogspot.com/, com nova imagem e novo nome.


Esperamos-vos lá!



LUTO INSONDÁVEL PRESO NUMA ESPIRAL DE AMOR SEM FIM

Veja no fundo desta página uma apresentação em 23 slides: a origem dos sentimentos que gémeos singulares relatam com mais frequência e uma descrição dessas sensações e emoções.



14 de julho de 2009

Nas palavras de Jorge Palma

São dez canções de Jorge Palma onde se pode ler nas entrelinhas, e não só, a sua vivência de gémeo sobrevivente. Obrigada Jorge, pela lucidez de sentimentos e parabéns pela coragem de os gritares ao vento!

Eternamente tu (A DOIS NO VENTRE MATERNO)
O tempo não sabe nada, o tempo não tem razão, o tempo nunca existiu, o tempo é nossa invenção.
Se abandonarmos as horas não nos sentimos sós, meu amor, o tempo somos nós.
O espaço tem o volume da imaginação, além do nosso horizonte existe outra dimensão.
O espaço foi construído sem princípio nem fim, meu amor, tu cabes dentro de mim.
O meu tesouro és tu, eternamente tu.
Não há passos divergentes para quem se quer encontrar.
A nossa história começa na total escuridão, onde o mistério ultrapassa a nossa compreensão.
A nossa história é o esforço para alcançar a luz …




(FUSÃO)
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar.
Só por ter dois sóis, só por hesitar, fiz a cama na encruzilhada
e chamei casa a esse lugar.
E anda sempre alguém por lá junto à tempestade, onde os pés não têm chão e as mãos perdem a razão.
Só por inventar, só por destruir, tenho as chaves do céu e do inferno...






Encosta-te a mim (SAUDADE)

Encosta-te a mim, nós já vivemos cem mil anos… Chegada da guerra, fiz tudo p´ra sobreviver, em nome da terra, no fundo p´ra te merecer, recebe-me bem, não desencantes os meus passos, faz de mim o teu herói…
Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo, o que não vivi, hei-de inventar contigo, sei que não sei às vezes entender o teu olhar mas quero-te bem…
…Vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal…







Uma vez (SEPARAÇÃO)
…Uma vez era o rei e o bobo, separaram-se até mais ver, mas não deixaram de se corresponder.
Uma vez era o belo e o monstro, também esses fizeram planos de nunca mais deixarem de se entender.
Conheço alguém de quem mal me consigo lembrar. Abençoado quem tem quem de vez em quando o venha visitar …







Yogy Pijama (FALTA)

Buscando sem saber bem o quê, perdido como quem não vê, calado como quem não tem resposta para quem o chama, desesperado, como quem por ter medo da desilusão não ama.
Se deixas apagar a chama, estás virado para o desastre.
Como uma vela sem mastro, ou um barco sem leme, condenado a andar à toa conforme o vento lhe dá, ao sabor da corrente …






Finalmente a sós (TRISTEZA)
Antes de teres aberto o bar, antes de teres mirado o rio, eu era alguém ás costas de outro alguém. Trouxeste mais contradições, trouxeste mais opiniões, e agora sou mais outro zé ninguém. Finalmente só, finalmente a sós.
Quando eu já estava a sossegar, quando eu já estava a adormecer, vi-te dançar e a minha paz morreu...
Odeio a luz do teu olhar quando não brilha só pra mim, pensei que fosses um brinquedo meu...





Há tanto tempo espero por ti (FANTASIA)
Há tanto tempo espero por ti na solidão do meu lugar vem aquecer-me a cama, traz flores p’ró jantar.
Sempre habitaste o meu coração, és a razão do meu fervor, mas não te vejo a cara, não sinto o teu calor.
Podes contar ao mundo como eu te procurei, quando eu me for embora, diz que te encontrei.
Mesmo que tu não sejas real, ou sejas quem eu não previ, hei-de inventar-te sempre, hei-de esperar por ti.







Ao meu encontro na estrada (ABANDONO)

Disseste que vinhas e não chegaste, mudaste de planos, ok
Mas isso deitou-me tão abaixo, espero que tenhas pensado bem, estou triste que só eu sei preciso de alguém…
E agora toca a arranjar o buraco que eu tenho no coração…
Pensei tanto em ti que não calculas, de manhã, à tarde e ao anoitecer…







Lobo malvado (CULPA)
Eu fui um lobo malvado, entrei em casa da avozinha e instalei-me na caminha contigo a meu lado.
Depois mostrei-te a cozinha, fiz-te passar um mau bocado com medo de ficar sozinho…
És bem vinda, amor …
Mais tarde soltei a fera, mostrei-te o meu corno penetrante, com ele espetei contigo na rua …




Balada de um estranho

(CONFUSÃO/CULPA)
Há qualquer coisa que não bate certo, há qualquer coisa que deixaste pr’a trás em aberto, qualquer coisa que te impede de te veres ao espelho nu, e não podes deixar de sentir que o culpado és tu…
Sentes que perdeste o teu centro e de repente descobres que chegou a hora de olhares para dentro.
Porque há qualquer coisa que não bate certo, qualquer coisa que deixaste para trás em aberto, qualquer coisa que te impede de te veres ao espelho nu e não podes deixar de sentir que o culpado és tu…

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