Este blog chegou ao fim da sua vida !!!


Mas vai renascer com todos estes e muito mais posts em http://www.gemeo-singular.blogspot.com/, com nova imagem e novo nome.


Esperamos-vos lá!



LUTO INSONDÁVEL PRESO NUMA ESPIRAL DE AMOR SEM FIM

Veja no fundo desta página uma apresentação em 23 slides: a origem dos sentimentos que gémeos singulares relatam com mais frequência e uma descrição dessas sensações e emoções.



24 de outubro de 2008

Testemunho de criança

Este desenho foi feito por uma menina de 6 anos - é a capa de um livrinho que ela quer escrever.
Ela é uma criança tranquila, delicada, tolerante, mas teve já alguns momentos em que sem justificação aparente rebentou num choro inconsolável a chamar pela mãe com quantas forças tinha (ao colo da mãe).

As seguintes características levam a supor ter tido uma irmã no útero materno durante a sua gestação:
- Durante a sua gravidez a mãe teve de ficar em repouso durante várias semanas devido a hemorragias no primeiro trimestre.
- O seu parto foi complicado, nasceu inconsciente, por cesariana de urgência, e durante os primeiros dias apanhou uma meningite viral.
- Desde os 3 anos que fala da sua amiga Catarina, procurou-a quando entrou para o infantário e ao fim de uns meses queixou-se à mãe em pranto que "parece que a Catarina não existe. Nunca mais chega..."
-Desde pequenina que diz que não quer crescer, quer ficar bebé para sempre, e fica muito perturbada quando lhe dizem que está tão crescida.
- Tem pavor a ganhar nos jogos infantis; chora desesperada e diz "eu não queria que os outros perdessem..."
- Gosta muito de falar de Jesus, dos anjos, e diz que conversa com a Nossa Senhora quando se sente em aflição.

Um dia, num momento em que estávamos só as duas, disse-me:
"Eu tive uma irmã gémea quando estava na barriga da mamã, como tu. Ela estava lá comigo e brincávamos as duas. Depois eu cresci muito e ela ficou pequenina, até ser só um pontinho. Eu fiquei muito triste."

Depois de contar esta sua história ela sentiu-se mal, fraca, enjoada, mas também irritada. Eu deixei que exprimisse tudo o que quis, acolhi esse mal-estar. Mais importante que isso, eu mostrei-lhe que acreditava no seu relato depois ofereci-lhe um colo e um chá, e pouco depois ela estava melhor e foi brincar.

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